12.10.10

Rocha

ATLETA E NÃO SÓ

Joaquim Jerónimo Rocha Ferreira, Carpinteiro ou Marceneiro de profissão antes de se ter reformado, é um dos Eborenses que nunca deixou a Cidade de Évora onde nasceu a 4 de Setembro de 1931, com excepção de quando prestou Serviço Militar Obrigatório em Estremoz e Santarém nos Regimentos de Cavalaria 3 e 4, respectivamente.
Rocha como é conhecido foi no Desporto o homem denominado dos sete ofícios devido aos serviços que prestou no futebol, desde jogador, capitão de equipa, treinador, director, delegado aos jogos, passando por técnico de equipamentos como actualmente são denominados os antigos roupeiros, sem esquecer a sua qualidade de desportista de bancada.
Começou muito novo nos Salesianos, tendo aos dezasseis anos ingressado nos Infantis do Juventude onde se manteve até se transferir para o Sport Lisboa e Évora.
Como Federado defendeu as cores do Juventude, Sport Lisboa e Évora e Sport Clube Borbense, Clube onde terminou a carreira como jogador aos trinta e dois anos de idade.
Por sua vez como não Federado jogou pelos mais diversos Clubes Populares, desde Os Azuis aos Verdes sem esquecer o Clube Oriental de Évora que fundou com António Galego, Albino Canhão, José Ramalhinho e Piti.
No Juventude jogou nos Seniores e nos Juniores, Categoria em que foi Campeão Distrital e atingiu as Meias Finais do Campeonato Nacional, só não tendo sido finalista devido ao critério no julgamento de alguns lances do jogo por parte de quem o dirigiu, nesse encontro disputado em Setúbal no Campo dos Arcos no dia 10 de Maio de 1951.
Como Sénior permaneceu algumas Épocas no Clube que o formou , tendo inclusivamente feito parte do plantel da denominada Equipa Maravilha e da que foi Campeã da III Divisão Nacional.




Foto tirada em Moura no dia 24 de Junho de 1951, quando Rocha alinhou pela 1ª. vez na Equipa Principal.

EM CIMA - Gomes (Gomes de Alcanena ), Natal, Rogério Contreiras, Martins, Rana (Treinador), João Contreiras e Casimiro.

EM BAIXO - Passos, Matos, João Mendonça, Serra e Rocha.

Apesar das qualidades que possuía, tanto técnicas como tácticas, não conseguiu mais altos voos por que não usava caneleiras o que o tornava tímido e por vezes medroso, impedindo-o de actuar da mesma forma como nos treinos, em que não era tão sacrificado pelos colegas.

Por esse motivo até criou alguns problemas e dissabores aos Treinadores, uma vez que devido ao seu trabalho e exibições nos treinos durante a semana era normalmente integrado na Equipa para o jogo de Domingo.



No Sport Lisboa e Évora com a sua polivalência actuou em todas as posições com excepção de guarda-redes e exerceu todos os cargos acima descritos, para além de ter sido Massagista quando as célebres "Caixas de Madeira" pouco mais tinham que a "Cruz Vermelha pintada ", água, álcool, água oxigenada, mercurocromo e umas toscas ligaduras, fez também parte da Comissão Técnica da Associação de Futebol de Évora em representação do Clube.

EM CIMA - José Loureiro ( Director), Domingos Candeias (Director), Polido, Alfredo, Manuel André (Galego), Silva, Francisco Serrano, Rocha, Manuel Candeias (Director), e Ludgero Candeias (Director).

EM BAIXO - José Pedro (Massagista), Rui, Serôdio, Odevil, Neixa e Gil Duarte.


Também foi um dos grandes animadores de festas nomeadamente pelo Natal e Carnaval, constituindo uma famosa equipa de palhaços com José MarçaL Gomes Teixeira e José Luís Louro, a que posteriormente se juntou Joaquim Guiomar ( O Garrafinha) e depois O Alberto Grilo Silva.
Na Foto José Luís ( Palhaço Rico ), Marçal e Rocha ( Palhaços Pobres )
Terminamos dizendo que actualmente é um dos que diariamente dá vida à Praça de Giraldo e, como bom cavalheiro, socialmente falando, com os seus ditos e anedotas, de que é exímio contador, transmite conhecimentos e alegria aos que com ele convivem e partilham o espaço da Antiga Praça Maior ou Praça Grande
ARMANDO RIBEIRO

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